8 de fevereiro de 2011

deolinda

há já algum tempo que andava para fazer um post sobre os Deolinda, não para gabar a excelente banda que são, mas para propor, proponho agora, a música “movimento perpétuo associativo” para novo hino nacional, não só porque musicalmente é bem melhor que o outro, confesso que não suporto aquela treta de heróis do mar, nobre povo, nação valente e  gritarias histéricas de ás armas,  de marchar contra os canhões, etc... mas porque descreve, infelizmente, com exactidão e sem gritarias histéricas o ser português, pelo menos a grande maioria…

agora, com o estouro que foi a música “parva que sou”, não posso deixar passar a oportunidade de apanhar a onda e fazer este post, não só para propor o acima descrito, mas também para opinar sobre o efeito bomba desta nova música.


 tenho lido e ouvido muita coisa sobre o assunto, vi a hipocrisia dos defensores do liberalismo e neo-liberalismo a chorar lágrimas de crocodilo e a querer deturpar a música, como se o modelo de sociedade que eles defendem não fosse responsável pela situação descrita nesta música, até aquela esquerda que, ainda, ejacula ao sonhar com os “amanhãs que cantam” e que acham que aquilo não é grande coisa, nem sequer é música de intervenção… blah blah blah,. Na minha opinião, acho que os Deolinda limitaram-se a escrever uma música inteligente sobre a situação do nosso país e, de certeza, nem querem ser uma bandeira para o lixo liberal e neo-liberal, nem ser uma espécie de banda sonora para a revolução dos “amanhãs que cantam”.

o que eu gostaria, era que esta música atiça-se as pessoas, principalmente a geração sem remuneração, a geração da casinha dos pais e aqueles que estudam para ser escravos, fossem menos “movimento perpétuo associativo” e viessem para à rua  protestar a sério contra estes políticos medíocres que andam há mais de 30 anos a mandar este país pelo esgoto abaixo e que não fosse necessário esperar outros 48 anos para mudar este país de heróis do mar, nobre povo e merdas afins.

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