31 de agosto de 2012

bandas

birthmark, o que chama logo a atenção neste projecto de nate kinsella são os cuidadosos arranjos orquestrais dos variados instrumentos que compõem esta obra e a atenção dada a cada pequeno pormenor da melodia, onde tudo se encaixa na perfeição, mas sem ser pesadona nem claustrofóbica, pelo contrário, deixa a melodia respirar e a flutuar no ar para nosso prazer. a ouvir…

mark stewart, depois de liderar essa fantástica banda pós-punk experimental que dava pelo nome “the pop group”, eis que mark stewart nos entrega “thepolitics of envy”. apesar de continuar com o pé no som industrial, este disco soa mais a uma festa para os amigos do que os anteriores trabalhos mas sendo sempre uma música excelente para os sentidos. a ouvir…

electricity in our  homes, o primeiro disco destes ingleses é rock lo-fi, mas ficar apenas por aqui é errado, já que a banda consegue ser mais diversificada e apesar da sua aparente simplicidade e dar-nos a sensação que já ouvimos tudo isto antes, o que é verdade, não deixa de ser cativante e de ter bons momentos. a ouvir…

foreign fields, duo que já foram conhecidos como "flights" mas agora como "foreign fields", dão-nos um disco, produzido pelos próprios, onde predomina os sons acústicos, uma electrónica ambiental e harmonias vocais que desde a primeira nota até à ultima e para nosso gozo, nos transporta para os grandes espaços naturais. a ouvir…

sem piedade


30 de agosto de 2012

criadores de emprego


como diz nick hanauer, que não é um esquerdista extremista, como os neoliberais gostam de chamar a quem não concorda com eles, quem verdadeiramente cria emprego é a classe media e não os ricos.

chefão

quem é o verdadeiro chefão do governo??? passos coelho ou antónio “goldman sachs” borges???...

dúvidas

ainda existe dúvidas de que esta economia neoliberal é um desastre???...

29 de agosto de 2012

polvo


antónio “o polvo” Borges, o homem da goldman sachs, mais uma vez mostrou as jogadas sujas que existem por detrás das, supostas, privatizações.

e a chulice continua…

democracia angolana


27 de agosto de 2012

juan josé millás

O cano de uma pistola pelo cu

Se percebemos bem - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.
Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.
Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas - e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.
Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspetiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.
A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o caráter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.
Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública - onde estas ainda existem - os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobreprotegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres.
E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.
Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.
A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com ruturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas ações terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.
A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A atividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.
Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objeto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.
Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e faturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.
Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos.

24 de agosto de 2012

espanha

era apenas uma questão de tempo – aqui

e assim vai esta porcaria de europa...

orçamento

só os neoliberais é que recusavam a ver que isto era mais que esperado, devido à porcaria das políticas de austeridade impostas por eles.

ah!!! afinal o gaspar não é um génio, é apenas mais uma nódoa…

eutanásia


R.I.P.

estando em nossa plena consciência e se assim o desejarmos, todos temos direito por optar por uma morte condigna e não ter que sofrer só porque a porcaria do estado, que não tem o direito de meter o nariz neste assunto, acha que não podemos.

17 de agosto de 2012

desmentido

depois do anúncio do fim da crise para 2013, feito com pompa e circunstância por passos coelho, vem agora o sôr álvaro, o tal que pensa que é ministro da economia mas não é, dizer que é pura treta dizer esse tipo de coisas - aqui -.

já nem o governo dele o respeita...

bem feito

não deixa de ter a sua piada em ver um imbecil neonazi húngaro descobrir que afinal tem raízes judaicas – aqui – 

eheheh...

arrogância

os «bifes» estão arrogantes e acham que podem fazer tudo… para quem se gaba de ser a mais velha democracia do mundo fica muito mal, deve ser coisas da idade…

16 de agosto de 2012

depósitos bancários

e somos governados por este lixo fedorento – aqui

frases

“nada como um belo peido para finalizar uma boa cagada”

“quem nunca travou um peido, não sabe o que é ter um cu com ABS”

“um homem sem barriga, é um homem sem história”

“percebes que estás gordo, quando encolhes a barriga e ela continua grande”

“só não morro de preguiça, porque tenho preguiça de morrer”

“só sei que nada sei, e às vezes ainda tenho dúvidas disso”

15 de agosto de 2012

crescimento

crescimento em 2013!!! mais um sonho falhado do nosso primeiro ministro.

neoliberalismo

o desemprego sobe para 15%, o PIB tem uma quebra de 3,3%... e assim se faz o paraíso neoliberal...

joseph stiglitz


para a Merkel e seus caniches de estimação...

justiça

parece que, quando não se quer que um processo do ministério público avance, dá-se à cândida almeida…

9 de agosto de 2012

8 de agosto de 2012

de loucos

ou como uma corrupta da eslováquia foi nomeada para supervisionar as privatizações em atenas… é de loucos…

esperado

era uma questão de tempo até começar a aparecer, abertamente, nos jornais coisas destas já que em privado à muito que se sussurra contra a alemanha devido à maneira como está a gerir, não só a crise,  mas também o relacionamento com os outros países europeus.

4 de agosto de 2012

bandas

micachu & the shapes, depois do excelente álbum de estreia, mica levi e os seus comparsas entrega-nos o seu segundo álbum que prolonga a linha do primeiro, o seu gosto pelo experimentalismo. mesmo se esse experimentalismo não tenha um objectivo definido e sendo feito através de variados elementos e caminhos, ele acaba sempre por vir desaguar à pop experimental e a uma certa visão da  pop, muito própria da banda. uma delicia par os neurónios. a ouvir…

beak, projecto de geoff barrow dos portishead que vai beber directamente ao krautrock, principalmente aos can. dizer que beak é um «side-project», acaba por ser redundante e injusto, já que o projecto tem um DNA muito próprio, possuí qualidade e riqueza aos montes, que faz com que beak> seja uma banda de corpo inteiro por direito próprio. a ouvir…

whitey, regressa com um trabalho que é o seguimento perfeito do seu último “the light at the end of the tunnel”. o disco abre com um intro delirante de “alsospachtzaratrusta” completamente desafinado e misturado com gemidos porno, para depois entregar-nos um electro-indie de alta qualidade, a nata do género, mostrando porque é que a musica dele é requisitada por tanta gente, tanto para mixtapes, filmes como para jogos. grande gozo. a ouvir…

van she, banda australiana que regressa com o seu electro-pop reluzente e fresco e que chega a tempo de ser, com este disco, uma excelente banda sonora para dançar neste verão. mas seria injusto olhar com ligeireza para este disco e ver apenas um disco de verão, já que consegue ser mais do que isso, apesar de ter um som muito beach-party, possui mais riqueza e subtileza do que isso. a ouvir…

dívida


e diziam eles que portugal não era a grécia, pois... pois... 

2 de agosto de 2012

merdas das férias

como estava em repouso, fui seguindo à distância, bem à distância, as peripécias deste jardim à beira mar plantado, por isso apenas destaco estas 3 pequenas, grandes, coisas:

- a licenciatura do relvas prova que neste país qualquer merda é doutor...

- todos os anos é a mesma merda, o país a arder e a culpa é sempre do outro...

- o país cada vez mais se parece com a grécia e os neoliberais continuam achar que é o único caminho, grande merda...

ainda bem que começou os jogos olímpicos...