31 de outubro de 2011

os anos de ouro do «macho»

não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. (1957)

se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto. (1962)

a mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. nada de incomodá-lo com serviços domésticos.(1959)

a esposa deve vestir-se depois de casada com a mesma elegância de solteira, pois é preciso lembrar-se de que a caça já foi feita, mas é preciso mantê-la bem presa. (1955)

se o seu marido fuma, não resmungue pelo simples facto de cair cinza no tapete. tenha cinzeiros espalhados por toda casa. (1957)

a mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido a experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única , exactamente como ele a idealizara. (1962)

mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu. (1954)

o noivado longo é um perigo. (1953)

é fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido. (1957)


o lugar da mulher é no lar. o trabalho fora de casa masculiniza (1955).

29 de outubro de 2011

scott olsen


scott olsen veterano da guerra do iraque, que participava pacificamente com o movimento occupyoakland foi atingido, de propósito, pela policia de oakland com uma granada de gás lacrimogéneo.

é esta a «democracia» do poder, enviarem os «cães raivosos» contra gente desarmada e pacifica. gostava de ver estes «valentões» num verdadeiro cenário de guerra.

opinião

uma história mal contada - leonel moura

28 de outubro de 2011

fim do mundo

à bem pouco tempo, certos profetas da desgraça proclamavam o fim do mundo, as we know it, como disseram os REM, se os países não pagassem a divida que isso era um mau sinal para os mercados, etc… etc… não é que agora decidem perdoar metade da dívida à grécia!!! onde está esse tal fim do mundo???

o que se tira daqui, se ainda houvesse dúvidas, é que são um bando de mentirosos e o sistema que temos, apenas defende os banqueiros e os especuladores. uma coisa, divida grega, que nominalmente valia zero, vai-se pagar metade do seu valor e ainda têm a lata de fazer crer que é um auxilio aos devedores.

mas agora vocês perguntam, se perdoaram à grécia, porque não aos restantes???  acham que estes vampiros são anjinhos??? a grécia estava perdida, mas os outros ainda não. e a que a nós diz respeito, preparem-se para mais aumentos de impostos e cortes, eles já dizem que portugal tem que estar preparado para mais medidas adicionais, ou seja, vamos ser sugados até ao tutano para dar o dinheiro aos vampiros e, com jeitinho, ainda nos põe a pagar pelos gregos.

fundamentalismo

como podem ver - aqui - , o fundamentalismo não é apenas islâmico.

27 de outubro de 2011

benefícios

a propósito dos benefícios a titulares de cargos políticos, assunto que está na moda, a questão não é saber se é legal ou ilegal, isso é uma falsa questão, porque toda a gente sabe que é legal, está na lei. a verdadeira questão é saber se essa lei é justa e se é aplicada com ética.

tenho para mim que a maioria desses benefícios não são justos e, na maioria das vezes, são aplicados sem ética. um país economicamente fraco como o nosso, não se pode dar ao luxo de distribuir mordomias absurdas pelos políticos, como pensões vitalícias ao fim de poucos anos de serviço público, principalmente quando essas pessoas continuam a trabalhar e têm vencimentos chorudos. não é justo dar um subsídio, quando o senhor, apesar de ser da província, tem casa própria em lisboa. não é justo que só para ir a uma reunião receba um rico subsídio. tudo isto faz parte do trabalho e, que eu saiba, ninguém foi obrigado a aceitá-lo.

a pessoa que exerce um cargo de estado, tem direito a um bom salário e ajudas, sabemos que é um cargo que exige total disponibilidade, mas não se pode querer ficar rico à custa disso. toda a gente sabe que quem tem no currículo uma passagem pelo governo, safa-se muito bem depois.

uns dirão que assim os melhores afastam-se da política, mentira, afasta sim aqueles que não têm ética, porque aos verdadeiros servidores do estado, a esses, basta-lhes o simples orgulho de serem bons governantes.

26 de outubro de 2011

nem mais...

excertos do artigo do economista nouriel roubini. (podem ler o artigo completo - aqui -)

"Apesar de estes protestos não terem um tema único, expressam de diferentes formas as sérias preocupações das classes média e trabalhadora em todo o mundo no que diz respeito às suas perspectivas perante a crescente concentração de poder entre as elites económica, financeira e política. As causas destes receios são suficientemente claras: elevado desemprego e subdesemprego nas economias avançadas e emergentes; competências e instrução inadequadas dos jovens e trabalhadores para competirem num mundo globalizado; ressentimento contra a corrupção, incluindo as formas legalizadas, como o lobby; e um forte aumento dos rendimentos e da desigualdade na distribuição da riqueza nas economias avançadas e nos mercados emergentes em rápido crescimento".

"Este problema não é novo. Karl Marx exagerou os méritos do socialismo, mas tinha razão ao dizer que a globalização, o capitalismo financeiro desenfreado e a redistribuição dos rendimentos e da riqueza resultantes do trabalho em prol do capital poderiam levar o capitalismo à auto-destruição. Conforme Marx argumentava, o capitalismo selvagem pode levar a episódios regulares de sobrecapacidade e de sub-consumo e à recorrência de crises financeiras destrutivas, alimentadas pelas bolhas no crédito e nos preços dos activos e seu correspondente estoiro".

"Qualquer modelo económico que não combata adequadamente a desigualdade acabará por enfrentar uma crise de legitimidade. A menos que se reequilibrem as funções económicas relativas do mercado e do Estado, os protestos de 2011 irão intensificar-se, com a instabilidade social e política a acabar por penalizar o crescimento e o bem-estar económico no longo prazo". 

para alguns (muitos) políticos

25 de outubro de 2011

ostracismo

na grécia antiga, uma das maiores honras que o cidadão podia alcançar, era ser eleito para um cargo político e assim poder servir a polis.

mas quando esse cidadão eleito abusava do poder, fazendo leis para seu beneficio próprio por exemplo, era condenado ao ostracismo, que consistia em ser banido do cargo que tinha e da polis, por um período de 10 anos.

lamentável que este bom hábito não se tenha mantido até aos nossos dias, ficaríamos libres de muita porcaria nestes 37 anos de democracia.

ângelo correia


esta iminência parda vem dizer que é contra em acabar com as pensões vitalicias dos políticos, argumentando para o facto, de que é um direito adquirido. engraçado que esta mesma iminência parda afirmava, alto e bom som, que os direitos adquiridos eram uma burla… os dos outros, não os dele.

é nestes momentos que vemos a cambada de chulos que temos neste país.

24 de outubro de 2011

chulos

basta passar os olhos pelo DN e pelo expresso para ter uma pequena amostra da quantidade de chulos que andam a safar-se à custa do povo. desde o vigarista do dias loureiro, que devia de estar na cadeia e não de férias em cabo verde, passando pelo jorge coelho, armando vara, ângelo correia, o melancia de macau, lembram-se???, até ao assassino duarte lima. todos eles com pensões do estado. isto é que é um exemplo de gordura do estado.

é esta gordura que tem que acabar, bem como as fundações e institutos que ninguém sabe para que existem a não ser servir de pasto para os chulos dos «boys». antes de se ir roubar às pessoas, ao SNS e à educação, é nisto que tem que se cortar, diria mais, têm que acabar de vez com isto. devia de ser uma honra servir o país e, acabando com estas mordomias, só as pessoas de honra iriam para a política e não a cambada de chulos que à anos lá anda.

já agora, alguém devia de dizer ao idiota do ministro da administração interna, miguel macedo, que a crise é para todos e que os cortes devem começar em casa antes de chegar aos bolsos dos outros. é simplesmente uma questão de seriedade.

bandas

duchess says, banda do quebec, canada, que nos apresenta um electro-synth-punk extremamente potente e eficaz, aliás, as suas prestações ao vivo são de um power a que ninguém fica indiferente, neste ultimo trabalho, mais polido que os anteriores, mas mantendo a mesma força, é um bom começo para os conhecer. a ouvir…

st. Vincent, annie clark, aka st. Vincent com o seu ar de boneca de porcelana entrega-nos um musica com sensibilidade pop, mas uma sensibilidade pop adulta, nada de pastilha elástica, onde o lado doce serve apenas para realçar a distorção. a ouvir…

the feeling of love, le butcherettes e the pack a.d., três bandas que praticam um rock como ele deve ser, feio, porco e mau, um autentico soco nas tripas que nos põe a saltar e a praticar a moshada, aqui sente-se o espirito dos birthday party, - the feeling of love -, pj - le butcherettes - e jon Spencer & the blues explosion - the pack a.d.. bandas para se ouvir em bares com muito fumo e com muita cerveja acompanhar e no fim partir a merda do bar todo. a ouvir…

connan mocassin, da nova zelândia surge-nos este senhor possuidor de umas das vozes mais estranhas da pop, que faz uma espécie de psicadelismo-pop com um cheirinho de jazz, há quem já chame a isto de space-pop-jazz, seja lá o que isso for, a única coisa que sei, é que sabe muito bem. a ouvir…

19 de outubro de 2011

cortes

como podem ver, aqui e aqui, os sacrifícios não são para todos... e ainda têm a lata de ir para a televisão dizer que todos têm que fazer sacrifícios... cabrões, filhos da puta...

14 de outubro de 2011

15.O



pois é...

vejam como eles se «governam» - aqui - e isto é apenas uma gota...

15.O


amanhã, 15.O todos à rua para dizer basta à ganância

por uma democracia verdadeira

nós somos os 99%

orçamento do estado

aqui temos a prova que passos coelho é outro mentiroso como sócrates, faz exactamente aquilo que disse que não ia fazer, seja, rouba aos subsídios e aumenta os impostos e a desculpa é sempre a mesma, que o buraco é maior do que ele pensava. então o senhor não sabia do verdadeiro estado do estado??? não assinou o memorando da troika??? não tinha um programa de governo estudado, ponderado e testado, onde aumentar impostos não era solução??? onde estão esses buracos ou desvios colossais que aparecem de todos os lados??? nós exigimos saber onde estão, quem os fez e como foram feitos, mais, se realmente temos assim tantos buracos, significa que vocês, políticos, são como os gregos, um bando de vigaristas.

estes governantes são mais troikistas que a troika e na ânsia de lamber o cu aos 1% não se importam de por os 99% na miséria.

metam a vossa «austeridade digna» no cu.

13 de outubro de 2011

hipócrita

o grande economista, só agora descobriu que a crise vem de fora e não é só portuguesa, como ele quis fazer querer no tempo do governo sócrates.

o grande economista só agora descobriu que, por muito que se faça, estamos sempre dependentes do exterior.

o grande economista só agora descobriu que as medidas tomadas pelos responsáveis europeus contra a crise foram e continuam a ser, uma lástima.

o grande economista descobriu que podemos criticar e lutar - aqui - em vez de comer e calar.

o grande economista, provavelmente, também tirou o curso ao domingo.

o grande economista é um hipócrita…

12 de outubro de 2011

slavoj zizek

Discurso do filósofo e escritor esloveno Slavoj Zizek na sua visita à acampada do movimento Ocupar Wall Street, no parque Zuccotti, em Nova York.


Durante o crash financeiro de 2008, foi destruída mais propriedade privada, ganha com dificuldades, do que se todos nós aqui estivéssemos a destruí-la dia e noite durante semanas. Dizem que somos sonhadores, mas os verdadeiros sonhadores são aqueles que pensam que as coisas podem continuar indefinidamente da mesma forma.


Não somos sonhadores. Somos o despertar de um sonho que está a transformar-se num pesadelo. Não estamos a destruir coisa alguma. Estamos apenas a testemunhar como o sistema está a autodestruir-se.

Todos conhecemos a cena clássica do desenho animado: o coiote chega à beira do precipício, e continua a andar, ignorando o facto de que não há nada por baixo dele. Somente quando olha para baixo e toma consciência de que não há nada, cai. É isto o que estamos a fazer aqui. Estamos a dizer aos gajos de Wall Street: “hey, olhem para baixo!”

Em Abril de 2011, o governo chinês proibiu, na TV, nos filmes e em romances, todas as histórias que falassem em realidade alternativa ou viagens no tempo. É um bom sinal para a China. Significa que as pessoas ainda sonham com alternativas, e por isso é preciso proibir este sonho. Aqui, não pensamos em proibições. Porque o sistema dominante tem oprimido até a nossa capacidade de sonhar.

Vejam os filmes a que assistimos o tempo todo. É fácil imaginar o fim do mundo, um asteróide destruir toda a vida e assim por diante. Mas não se pode imaginar o fim do capitalismo. O que estamos, então, a fazer aqui? Deixem-me contar uma piada maravilhosa dos velhos tempos comunistas. Um fulano da Alemanha Oriental foi mandado para trabalhar na Sibéria. Ele sabia que o seu correio seria lido pelos censores, por isso disse aos amigos: “Vamos estabelecer um código. Se receberem uma carta minha escrita em tinta azul, será verdade o que estiver escrito; se estiver escrita em tinta vermelha, será falso”. Passado um mês, os amigos recebem uma primeira carta toda escrita em tinta azul. Dizia: “Tudo é maravilhoso aqui, as lojas estão cheias de boa comida, os cinemas exibem bons filmes do ocidente, os apartamentos são grandes e luxuosos, a única coisa que não se consegue comprar é tinta vermelha.” É assim que vivemos – temos todas as liberdades que queremos, mas falta-nos a tinta vermelha, a linguagem para articular a nossa ausência de liberdade. A forma como nos ensinam a falar sobre a guerra, a liberdade, o terrorismo e assim por diante, falsifica a liberdade. E é isso que estamos a fazer aqui: a dar tinta vermelha a todos nós.

Existe um perigo. Não nos apaixonemos por nós mesmos. É bom estar aqui, mas lembrem-se, os carnavais são baratos. O que importa é o dia seguinte, quando voltamos à vida normal. Haverá então novas oportunidades? Não quero que se lembrem destes dias assim: “Meu deus, como éramos jovens e foi lindo”. Lembrem-se que a nossa mensagem principal é: temos de pensar em alternativas. A regra quebrou-se. Não vivemos no melhor mundo possível, mas há um longo caminho pela frente – estamos confrontados com questões realmente difíceis. Sabemos o que não queremos. Mas o que queremos? Que organização social pode substituir o capitalismo? Que tipo de novos líderes queremos?

Lembrem-se, o problema não é a corrupção ou a ganância, o problema é o sistema. Tenham cuidado, não só com os inimigos, mas também com os falsos amigos que já estão a trabalhar para diluir este processo, do mesmo modo que quando se toma café sem cafeína, cerveja sem álcool, gelado sem gordura. Vão tentar transformar isto num protesto moral sem coração, um processo descafeinado. Mas o motivo de estarmos aqui é que já estamos fartos de um mundo onde se reciclam latas de coca-cola ou se toma um cappuccino italiano no Starbucks, para depois dar 1% às crianças que passam fome e fazer-nos sentir bem com isso. Depois de fazer outsourcing ao trabalho e à tortura, depois de as agências matrimoniais fazerem outsourcing da nossa vida amorosa, permitimos que até o nosso envolvimento político seja alvo de outsourcing. Queremo-lo de volta.

Não somos comunistas, se o comunismo significa o sistema que entrou em colapso em 1990. Lembrem-se que hoje os comunistas são os capitalistas mais eficientes e implacáveis. Na China de hoje, temos um capitalismo que é ainda mais dinâmico do que o vosso capitalismo americano. Mas ele não precisa de democracia. O que significa que, quando criticarem o capitalismo, não se deixem chantagear pelos que vos acusam de ser contra a democracia. O casamento entre a democracia e o capitalismo acabou.

A mudança é possível. O que é que consideramos possível hoje? Basta seguir os média. Por um lado, na tecnologia e na sexualidade tudo parece ser possível. É possível viajar para a lua, tornar-se imortal através da biogenética. Pode-se ter sexo com animais ou qualquer outra coisa. Mas olhem para os terrenos da sociedade e da economia. Nestes, quase tudo é considerado impossível. Querem aumentar um pouco os impostos aos ricos? Eles dizem que é impossível. Perdemos competitividade. Querem mais dinheiro para a saúde? Eles dizem que é impossível, isso significaria um Estado totalitário. Algo tem de estar errado num mundo onde vos prometem ser imortais, mas em que não se pode gastar um pouco mais com cuidados de saúde.

Talvez devêssemos definir as nossas prioridades nesta questão. Não queremos um padrão de vida mais alto – queremos um melhor padrão de vida. O único sentido em que somos comunistas é que nos preocupamos com os bens comuns. Os bens comuns da natureza, os bens comuns do que é privatizado pela propriedade intelectual, os bens comuns da biogenética. Por isto e só por isto devemos lutar. O comunismo falhou totalmente, mas o problema dos bens comuns permanece. Eles dizem-nos que não somos americanos, mas temos de lembrar uma coisa aos fundamentalistas conservadores, que afirmam que eles é que são realmente americanos. O que é o cristianismo? É o Espírito Santo. O que é o Espírito Santo? É uma comunidade igualitária de crentes que estão ligados pelo amor um pelo outro, e que só têm a sua própria liberdade e responsabilidade para este amor. Neste sentido, o Espírito Santo está aqui, agora, e lá em Wall Street estão os pagãos que adoram ídolos blasfemos.

15.O


para saber mais visitem:

11 de outubro de 2011

manifestação dia 15 de outubro


a democracia é um governo do povo para o povo... e não para os 1%...

chegou o momento de dizer basta... nós somos os 99%...

“pergunto em que tipo de sociedade vivemos, que democracia é esta que temos, onde os corruptos vivem na impunidade e a fome das pessoas é considerada subversiva.” (ernesto sábato)

ocupy wall street


o movimento occupywallst continua na rua e a espalhar-se por toda a américa e não só, já nem os media o conseguem ignorar, como prova este excelente artigo no guardian sobre o movimento.

endereços onde podem seguir os acontecimentos, além do próprio site do movimento:

10 de outubro de 2011

task force


o P.S.D. apresentou, nas últimas eleições, um programa governativo estudado, testado e ponderado até ao mais ínfimo pormenor. as propostas e medidas nele contidas seriam para se fazer sem falta. afinal, ao fim de poucos meses, lá se foram as medidas estudadas, testadas e ponderadas pelo esgoto abaixo e é necessário ir buscar uma task force à UEpara ajudar a aplicar melhor os fundos. cambada de incompetentes...

8 de outubro de 2011

we are the 99 percent




we are the 99 percent, blog que faz parte do movimento occupywallstreet e de onde foram tiradas estas fotografias.

podem encontrar o link para o blog na coluna visitar ou cliquem - aqui -. 

occupy wall street


o movimento occupywallstreet continua na rua, não só ganhou mais apoios, como já se espalhou a outras cidades americanas e mesmo para fora da américa.

lamentável que a nossa imprensa, tanto jornalística como televisiva, continue a ignorar o movimento e a sua amplitude, limitando-se a pouco mais do que notas de roda pé. ainda dizem que temos uma informação pluralista, temos é uma informação de lambe-cus, onde a noticia que não interessa ao patrãozinho, seja ele  público ou privado, é tratada como uma curiosidade. o video em cima, mostra que o movimento não é nenhuma feira de gente esquisita.

podem encontrar aqui no blog, na coluna visitar, o link da página do movimento para seguirem as noticias.

revolution is inevitable, why not now

7 de outubro de 2011

bandas

connan mocassin, da nova zelândia surge-nos este senhor possuidor de umas das vozes mais estranhas da pop, que faz uma espécie de psicadelismo-pop com um cheirinho de jazz, há quem já chame a isto de space-pop-jazz, seja lá o que isso for, a única coisa que sei, é que sabe muito bem. a ouvir…

st. vincent, annie clark, aka st. Vincent com o seu ar de boneca de porcelana entrega-nos uma musica com sensibilidade pop, mas uma sensibilidade pop adulta, nada de pastilha elástica, onde o lado doce serve apenas para realçar a distorção. a ouvir… 

wise blood, chris laufman, aka wise blood, mistura gospel, pop, r&b, rock e hip-hop e com estes elementos, faz uma salada muito bem condimentada, onde os ingredientes se misturam nas doses certas criando uma atmosfera cinematográfica. a ouvir...

the feeling of love, apesar do nome um quanto ao quanto hippie, estes frenchies entregam-nos um garage-rock  como ele deve ser, feio, porco e mau, sente-se o espirito dos excelentes pussy galore a pairar. um autêntico murro nas tripas, que nos faz saltar, querer beber toda a cerveja que existe e partir tudo na merda do bar. a ouvir…

6 de outubro de 2011

discurso

do discurso, mais uma vez banal, de cavaco silva na cerimónia da implantação da república, ressalvo os seguintes pontos:

durante alguns anos, foi possível iludir o que era óbvio, pese os avisos que foram feitos dos mais diversos quadrantes”. se se refere aos seus avisos, que me lembre, no seu primeiro mandato, o senhor comportou-se com luvas de veludo, eu sei, o importante era a reeleição para o segundo mandato. se a situação já era, e era, tão má, porque é que não teve tomates em dizê-lo claramente e com todas as letras aos portugueses??? não é esse o papel do presidente??? mais, um presidente que é formado em  economia tinha obrigação de falar claramente sobre o assunto, em vez de andar com recadinhos como qualquer comadre coscuvilheira.

perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil e na ilusão do despesismo público e privado”. e o senhor é um dos grandes culpados disso. essa cultura do facilitismo começou exactamente quando o senhor era primeiro ministro e com os milhões da CEE que os seus governos receberam. ainda hoje me pergunto, para onde foram esses milhões, aplicados no país é que não foram. outros culpados, são os banqueiros e os empresários, a única coisa que fizeram foi, uns a financiar a especulação, em vez de financiar a criação de riqueza. os outros, a chular o estado em vez de criar riqueza, é que criar riqueza implica inteligência, chular o estado é fácil, qualquer imbecil é capaz de o fazer.

não podemos agarrar-nos a soluções fáceis que a realidade depressa irá desmentir”. espero que isso seja dirigido ao seus amigos do governo, a única coisa que sabem fazer é aumentar impostos, daqui a pouco não há ninguém para os pagar, já que aos ricos, quando digo ricos, não me refiro ao américo amorim esse pobre coitado, vocês não lhes tocam. é preciso ver mais além.

vivemos tempos muito difíceis (…) que irá exigir grandes sacrifícios aos portugueses, provavelmente os maiores sacrifícios que esta geração conheceu”. engraçado, à bem pouco tempo havia limites para o sacrifício dos portugueses, agora não...

quanto à madeira, nem uma palavra, sinceramente...


é nos momentos difíceis que os verdadeiros líderes sobressaem da mediocridade geral. infelizmente a mediocridade continua no poder.

5 de outubro de 2011

4 de outubro de 2011

curiosidades

  • ninguém consegue lamber o seu próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a língua.
  • além do homem, o porco é o único animal que se queima com o sol.
  • só um alimento não se deteriora: o mel.
  • o olho da avestruz é maior do que o seu cérebro.
  • o "quack" do pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.
  • o músculo mais potente do corpo humano é a língua.
  • é impossível espirrar com os olhos abertos.
  • aproximadamente 70 % das pessoas que lêem esta lista, tentam lamber o cotovelo.

semáforo

3 de outubro de 2011

manuela ferreira leite



esta senhora afirmou, que o PS tinha que manter a boca calada em relação ao alberto joão e à sua querida dívida. a senhora não deixa de ter a sua razão, com que lata vem um pecador atirar pedras, só que ela devia, também, de olhar-se ao espelho. enquanto ministra das finanças, usou maquilhagem para enganar no orçamento. era sabedora da existência da dívida da madeira e nada fez. e, por último, alguém que queria a suspensão da democracia, como um qualquer ditador reles, devia ter vergonha na cara para apontar o dedo a quem quer que seja.

um conselho, fique em casa a tratar dos seus netos, se os tiver, ou a fazer crochet e,  já agora, procure ajuda para tratar o(s) seu(s) traumas(s) e paranóia(s) em relação à democracia.

1 de outubro de 2011

os lambe-cus*

noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em portugal uma  modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de abril. situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. o objectivo do jogo é identificá-los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. à medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia.

antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alunos engraxavam os professores, os jornalistas engraxavam os ministros, as donas de casa engraxavam os médicos da caixa, etc... mesmo assim, eram raros os portugueses com feitio para passar graxa. havia poucos engraxadores. Diga-se porém, em abono da verdade, que os poucos que havia engraxavam imenso. nesse tempo, «engraxar» era uma actividade socialmente menosprezada.  o menino que engraxasse a professora tinha de enfrentar depois o escárnio da turma. o colunista que tecesse um grande elogio ao presidente do conselho era ostracizado pelos colegas. ninguém gostava de um engraxador.

hoje tudo isso mudou. o engraxanço evoluiu ao ponto de tornar-se irreconhecível. foi-se subindo na escala de subserviência, dos sapatos até ao cu. o engraxador foi promovido a lambe-botas e o lambe-botas a lambe-cu. Não é preciso realçar a diferença, em termos de subordinação hierárquica e flexibilidade de movimentos, entre engraxar uns sapatos e lamber um cu. para fazer face à crescente popularidade do desporto, importaram-se dos estados unidos, campeão do mundo na modalidade, as regras e os estatutos da american federation of ass-licking and brown-nosing. os praticantes portugueses puderam assim esquecer os tempos amadores do engraxanço e aperfeiçoarem-se no desenvolvimento profissional do culambismo.

(...) tudo isto teria graça se os culambistas portugueses fossem tão mal tratados e sucedidos como os engraxadores de outrora. o pior é que a nossa sociedade não só aceita o culambismo como forma prática de subir na vida, como começa a exigi-lo como habilitação profissional. o culambismo compensa. sobreviver sem um mínimo de conhecimentos de culambismo é hoje tão difícil como vencer na vida sem saber falar inglês.

 miguel esteves cardoso, in "último volume"


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