6 de outubro de 2011

discurso

do discurso, mais uma vez banal, de cavaco silva na cerimónia da implantação da república, ressalvo os seguintes pontos:

durante alguns anos, foi possível iludir o que era óbvio, pese os avisos que foram feitos dos mais diversos quadrantes”. se se refere aos seus avisos, que me lembre, no seu primeiro mandato, o senhor comportou-se com luvas de veludo, eu sei, o importante era a reeleição para o segundo mandato. se a situação já era, e era, tão má, porque é que não teve tomates em dizê-lo claramente e com todas as letras aos portugueses??? não é esse o papel do presidente??? mais, um presidente que é formado em  economia tinha obrigação de falar claramente sobre o assunto, em vez de andar com recadinhos como qualquer comadre coscuvilheira.

perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil e na ilusão do despesismo público e privado”. e o senhor é um dos grandes culpados disso. essa cultura do facilitismo começou exactamente quando o senhor era primeiro ministro e com os milhões da CEE que os seus governos receberam. ainda hoje me pergunto, para onde foram esses milhões, aplicados no país é que não foram. outros culpados, são os banqueiros e os empresários, a única coisa que fizeram foi, uns a financiar a especulação, em vez de financiar a criação de riqueza. os outros, a chular o estado em vez de criar riqueza, é que criar riqueza implica inteligência, chular o estado é fácil, qualquer imbecil é capaz de o fazer.

não podemos agarrar-nos a soluções fáceis que a realidade depressa irá desmentir”. espero que isso seja dirigido ao seus amigos do governo, a única coisa que sabem fazer é aumentar impostos, daqui a pouco não há ninguém para os pagar, já que aos ricos, quando digo ricos, não me refiro ao américo amorim esse pobre coitado, vocês não lhes tocam. é preciso ver mais além.

vivemos tempos muito difíceis (…) que irá exigir grandes sacrifícios aos portugueses, provavelmente os maiores sacrifícios que esta geração conheceu”. engraçado, à bem pouco tempo havia limites para o sacrifício dos portugueses, agora não...

quanto à madeira, nem uma palavra, sinceramente...


é nos momentos difíceis que os verdadeiros líderes sobressaem da mediocridade geral. infelizmente a mediocridade continua no poder.

Um comentário:

  1. ele que dê o exemplo, gasta fortunas no palacio e levou uma comitiva enorme aos açores e já nem falo no negócio do bpn

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